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Remédios: os riscos para quem está ao volante

Faz parte do comportamento do brasileiro medicar-se. Mas e se esse comportamento se mescla com o volante? Aí entramos em um terreno delicado, onde pode haver problemas reais.

9 abr 2014 Motorista profissional - Leitura: min.

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Remédios para a dor, aparentemente simples, podem impactar as habilidades do condutor
Faz parte do comportamento do brasileiro medicar-se. Segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz, o país está entre os maiores consumidores de remédio do mundo. Quando há dores e moléstias, a maioria corre para a farmácia atrás de um analgésico, um anti-inflamatório ou similar, por crer saber exatamente como se esse comporta, quais são os efeitos e, principalmente, quais são as indicações. Mas e se esse comportamento se mescla com o volante?

Aí entramos em um terreno delicado, onde pode haver problemas reais. Remédios para a dor, aparentemente simples, podem impactar as habilidades do condutor, com efeitos de sonolência e diminuição de reflexos. E isso acontece mais frequentemente do que se imagina, apesar de ainda não haver estatísticas consolidadas sobre a ocorrência de acidentes sob efeito de medicamentos.

Os motoristas, sejam profissionais do transporte ou particulares, muitas vezes vêm o ato da direção como algo quase automático. É só entrar no veículo para que uma série de ações transcorra de forma impulsiva: girar a chave, ligar o carro, engatar a marcha, acelerar. A verdade é que tais tarefas são complexas a nível neurológico e devem ser feitas com total disponibilidade física e mental por parte do motorista.

Principalmente porque, depois dos atos iniciais, necessita-se da coordenação motora, da rapidez nos reflexos, da capacidade para avaliar riscos e manter o equilíbrio, vitais para uma direção segura e sem acidentes.

Efeitos problemáticos

A grande ameaça neste este caso é justamente o fato de se tratar de medicamentos livres, que podem ser adquiridos sem a necessidade de receita médica. Remédios que funcionam como anti-histamínicos (para tratar a alergia) causam tontura, sonolência e até confusão mental. Especialistas em neurologia e fármacos advertem para a necessidade de consultar um médico e informar-se sobre os efeitos antes de fazer o uso do mesmo. Ler a bula do medicamento não é suficiente, já que as possíveis reações nem sempre são claras.

Em determinados casos, o consumo de medicamentos como analgésicos aliado à direção provoca problemas sensoriais, expondo a vida do condutor a um risco desnecessário. Por isso, especialmente os caminhoneiros e motoristas profissionais devem optar por fazer paradas periódicas para descansar o corpo e a mente, ao invés de usar relaxantes musculares e analgésicos.

Listamos aqui os medicamentos livres consumidos com regularidade e seus possíveis efeitos:

  • analgésicos: sonolência
  • relaxantes musculares: reações lentas e sonolência
  • antieméticos (para enjoos): sonolência
  • broncodilatadores (desobstruir vias respiratórias): tremores, taquicardia e convulsão
  • remédios para emagrecer: irritabilidade e sono
Difícil de rastrear

Esses medicamentos não são de fácil detecção em exames rápidos, por isso a dificuldade de estabelecer relações diretas entre o consumo dos mesmos e acidentes de trânsito. Também não existe uma lista oficial dos tipos de medicamento que não devem ser utilizados por aqueles que assumirão a condução de um veículo, já que os efeitos variam de acordo com o organismo de cada pessoa.

Os especialistas alertam, entretanto, que os efeitos normalmente são mais intensos nas três horas seguintes à ingestão. Diante de qualquer sintoma ou alteração, o motorista deve parar imediatamente e ingerir bastante líquido. Assim, será facilitado o processo de eliminação do medicamento do organismo.

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Comentários (1)

  • cjb

    Muito boa matéria. Isso é uma questao de resposabilidade, da qual todos os motoristas deviam ter participação ativa na prevenção, para que o número de acidentes diminua.

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